quarta-feira, 24 de março de 2010

PETE

Como a grande mídia consegue deixar de lado o trabalho de Peter Doherty?
Cantor, compositor, escritor... e até pintor, Pete desde o surgimento dos Libertines, banda em que dividia as guitarras e vocais com Carl Bârat, ganhou a grande mídia não com sua música, mas sim com seus “escândalos”. Os grandes tablóides ingleses noticiam com grande destaque suas prisões, namoradas (como a top Kate Moss), envolvimento com drogas, etc; porém, ignoram sua produção artística. No Brasil, é visto como um drogado, um maluco, etc.
A fidelidade dos admiradores vai além de tudo isso, estes sim... enxergam a grande obra que Pete construiu desde o primeiro lançamento dos Libertines (“Up The Bracket”, em 2002) lotando os grandes festivais europeus, fazendo de suas apresentações momentos grandiosos. Peter ao violão é capaz de empolgar grandes platéias, roubando a cena de “mega-bandas”.
Assim que os Libertines encerraram suas atividades, devido à relação conflituosa (de amor e ódio) com Carl, Pete aparece com os Babyshambles, e mais uma vez com a colaboração do guitarrista do CLASH, Mick Jones (que já havia produzido os álbuns dos Lib’s), lançando álbuns fantásticos... e mesmo com essa produção de vários álbuns de alto nível Doherty não é totalmente reconhecido por seu talento musical. Logicamente, ele nunca irá se preocupar em melhorar sua imagem em benefício da própria carreira, senão não seria o Pete que os fãs tanto admiram, o certo é que em algum momento (muito possivelmente após sua morte) sua obra será reconhecida, até porque, nesta década de 2000 não apareceu nada tão bom quanto The Libertines, Babyshambles e sua própria carreira solo.

Agora, tento entender o porquê da necessidade da morte de alguns rockstar’s para que suas obras sejam “vistas”, Peter Doherty não é o primeiro caso (e não será o último), o certo é que ele possui fãs, admiradores, ou seja lá o que for (tão “doidos” quanto ele), que estarão sempre apoiando, ouvindo suas músicas e comprando discos.
Pete é um “rockstar” à moda antiga, para muitos apenas um “junkye”, para os fãs simplesmente um herói. Ele nos salva da cena rockeira atual com canções que vão da violência Punk (ou até do “Garage Rock”) até à leveza de grandes baladas, mostradas em 2009, em seu álbum “Grace/Wastelands”. Agora em meio ao tumulto entre interrogatórios e prisões estamos aguardando o novo lançamento dos Babyshambles, que com certeza será tão bom quanto os outros.

Um comentário:

  1. Para mim, o Pete dispensa comentários...dizer o quê se a música que ele faz já diz o suficiente!!!
    Isso sem levar em conta o fato de ser um fanático por gatos e horticultura, o que, pra mim, é um ótimo sinal, de pessoa que vale a pena.

    Ahh...ADOREI o desenho. Vc só esqueceu de colocar a sujeira de terra debaixo da unha...

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