sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

LEO JAIME

Chegamos ao ‘fim da linha’ de 2010... e enquanto o ano dá seus últimos suspiros, aproveito para fazer o post derradeiro desta década que se encerra. Então, nada mais justo reservar este espaço para falar um pouco e ilustrar um de meus cantores prediletos... aliás, ele não é apenas um cantor, o considero acima de tudo um grande intérprete (aquele cara que canta a música de qualquer artista muito melhor que o próprio!), atua também como comentarista esportivo (da turma dos que entendem realmente da arte futebolística), cronista, ator, comediante ‘stand-up’, & much more.

Trata-se de LEO JAIME. Falar sobre esse ícone seria algo ‘wikipediano’ demais... aproveito para contar um pouco sobre como sua música fez parte de minha vida ao longo desses anos, espero ser breve e o menos cansativo possível.

Conheci a obra do Leo Jaime através de meu primo Alexandre, que assim como eu, aprecia sua obra, colecionando seus lançamentos e ouvindo Long-plays até furar. Me lembro que quando pequeno minha mãe sempre falava que “não tinha muita idade pra ouvir esse Leo Jaime”... hoje quando ouço “Sonia” (“ohhh Sonia, não fica me excitando que eu to de sunga...”), por exemplo, chego a conclusão que canções desse teor foram muito instrutivas.


LEO JAIME


Já na pré-adolescência, adotei o penteado ‘Leojaimeano’, resultado: a indústria do gel para cabelos lucrou muito às custas do meu pai! Quando adolescente, e iniciante na arte dos violões e das guitarras, comprava inúmeras revistinhas de cifras num sebo no centro de Guarulhos (cidade em que vivi até os 17 anos), lembro que uma das primeiras canções que executei com um nível razoável, e até mesmo aceitável e auditível ao ouvido humano, foi “Nada Mudou”, canção do álbum “Vida Difícil”, de 1986, este continua sendo (desde sempre) meu álbum preferido dele.

Entrando na fase adulta canções de Leo sempre fizeram parte do repertório das bandas em que toquei... “Nada Mudou”... “Solange”, esta também retratada em meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), devido ao fato de ser uma ‘homenagem’ a uma funcionária da Censura... responsável pelo veto a algumas canções de Leo.

Como o próprio Leo diz, “já sou jovem há muito tempo” e suas canções fazem parte da trilha sonora desta eterna juventude. Leo é um cara que canta coisas positivas, como Amor (“Amor”, “Mensagem de Amor”), Amizade (“Fotografia”), relacionamentos (“Se Ela soubesse o que quer”, “Briga”), mulheres (“Sonia”, “Mina”) e tantas outras... sem deixar de fazer críticas, como na canção “O Regime” (“o problema é o Regime, o problema é o Regime”) e na clássica “AIDS”:


É a última moda que chegou de Nova York
E deve ser bom como tudo o que vem do Norte
A sua mãe vai gostar
O seu pai vai achar moderno
É mais quente que o inferno
Essa onda é de morte
New wave, patins, Lennon and tennis Nike
Walk man, big mac, Fender Stratocaster
Vai pegar, vai pintar até na novela das 8
E você vai copiar, vai copiar, vai copiar...
Aids, não tente colocar band-aid’s
(AIDS. JAIME, Leo e LEANDRO, Phodas “C”, 1984, CBS.)


Essa é a participação/contribuição de Leo Jaime na minha vida. Para quem não conhece, vou listar um TOP 10 com as canções que recomendo aos “Leofanáticos” iniciantes, ou simplismente para quem quer conhecer a obra desse grande artista brasileiro.

01. Nada Mudou (Leo Jaime)

02. Rock Estrela (Leo Jaime)

03. Aids (Leandro, Leo Jaime)

04. Fotografia (Leoni, Leo Jaime)

05. O Pobre (Leo Jaime, Herbert Vianna)

06. Se ela soubesse o que quer (Mingau, Leo Jaime, Alvin L.)

07. Sonia [Sunny] (Leandro, B. Hebb)

08. Conquistador Barato (Leo Jaime)

09. Mina (George Israel, Nilo Romero, Cazuza)

10. Contos de Fada (Leo Jaime)



quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

KATE NASH, por Lidia Falavigna.

Olho o cenário musical e imagino qual das representantes femininas realmente dizem alguma coisa sobre o universo feminino da atualidade de forma interessante.

Daí fico pensando qual das cantoras, que são insistentemente forçadas ouvido abaixo no meu dia a dia, essas aí, cujo trabalho fica constantemente a mostra em todos os lugares, pulando na tela do meu computador, tocando na praça da cidade, nos eventos, na TV e no Rádio, qual delas, poderia dizer alguma coisa sobre como eu me sinto diante desse universo todo. Fica difícil, para não dizer impossível, essa identificação.

Vou me isentar de adjetivações, até porque meu diploma não oferece essa competência (se é que algum diploma oferece), mas acho que se você participa desse blog, vai entender a minha frustração quando me deparo com os seguintes exemplares femininos, possivelmente representativos da mulher do século XXI, na música:

Britney Spears, Cristina Aguilera, Rihana, Beyoncé (ainda que eu a considere uma diva, sua música não reflete nada disso para mim), Madona, Ivete Sangalo, Claudia Leite, Joelma, Sandy, Gal Costa, Hebe Camargo, Mulheres Frutas Diversas....

Eu não sou, e muito menos quero ser, parecida com elas. Veja bem, eu não estou falando do individuo, da pessoa que elas são, mas da imagem que elas “vendem” musicalmente. É difícil aceitar que “eu sou uma escrava para você”, que “levanto poeira”, que os meus pés descalços estão sujos, ou que o meu cabelo dá tanto trabalho que não dá nem pra cantar....

Por isso, nesse deserto criativo ao qual estamos submetidas, Kate Nash realmente é uma brisa suave.

 Ela mostra que ainda é possível unir letras criativas, engraçadas e dramáticas, com uma sonoridade simples, mas extremamente eficiente, com poucos instrumentos estrategicamente combinados sem deixar de lado a sua própria voz, um instrumento a parte.

Kate Nash



Personalidade, bom humor, e graça. Suas letras tratam sobre a dificuldade dos relacionamentos, sobre como às vezes nos sentimos desajeitadas, falamos coisas que não deveríamos porque não podemos evitar, sobre a ânsia de conhecer o mundo e ousar mais e mais, de amadurecer, de evoluir e mudar, enfim, de encontrarmos quem somos e o que queremos ser no mundo onde vivemos. Tudo isso com uma sonoridade deliciosa, com um “q” de experimentalismo, que combina com o conteúdo proposto. Além do que, eu tenho que dizer, adoooooro o estilo dela “revisitando os anos 50”, com aqueles vestidinhos simpáticos, os sapatos divinos e acessórios que são o que são: acessórios.

O segundo trabalho mostra um amadurecimento adquirido durante as turnês, ainda que algumas musicas, como “I hate seagulls”, “Paris”, “Don´t you want share the guilt” e “Pickpocket” terem entrado em repertórios de apresentações anteriores como B-sides. Esse segundo trabalho reafirma Kate como uma artista completa, que soube escolher seus parceiros musicais depois do excelente e surpreendente trabalho em “Made of Bricks” , que por ser seu primeiro trabalho levantava a questão: “será que ela vai vingar”?

Diferentemente de Amy Whinehouse, Kate mostra todo o seu talento e equilíbrio, e que sim, não era sorte de principiante, ela veio para ficar! Alguns infortúnios vem mesmo para o bem. A Kate Nash ter quebrado o pé foi a salvação para mim, que estava tão desolada musicalmente... (Sente o drama...)

Por isso, sinto muito, não dá para comparar. Infelizmente, ainda temos que garimpar um pouco para encontrar coisas que valem à pena. Um dia, eu garimpei e encontrei o som da Kate, e muitos outros...

É triste que eles sejam ofuscados por outros tipos de música que muitas vezes nem merecem essa definição, ainda que brilhem mais... O importante mesmo é que eles existem, e que chegam até nós. Talvez eu tire essa parte.

Por isso tudo, seu trabalho vai além do feminino na música, e torna-se universal. Não é musica de “mulherzinha”. É música.

Se você quer conhecer mais sobre a artista, vale a pena ir direto a fonte. Ouça os CDs, são dois, apenas, e visite o site, que é muito legal: www.katenash.co.uk . O site da Rolling Stone disponibilizou uma reportagem rapidinha, que apresenta bem basicamente a artista e traz outras informações: http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/kate-nash/

 
E, aproveite, ela vem para o Brasil!!!!! Um dos shows, em São Paulo, será dia 25/02/11.
 
 
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* Após muita insistência de minha parte, Lidia concordou colaborar com o TOONZINE. Sinto que o Blog carece bastante da visão feminina perante a cena musical atual... nesse texto ela expõe tudo isso, escrevendo sobre uma artista que acompanha e admira.

























quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

GREEN DAY (BR/2010)

No ano de 2010 muitas bandas ‘gringas’ trouxeram sua arte ( ... outras nem tanto ... ) pra perto do público brasileiro.

Considerando bandas que gosto, apenas GREEN DAY e Stone Temple Pilots deram o ‘ar da graça’ por aqui. O único evento no qual estive presente foi no tão esperado show do GREEN DAY em São Paulo (22/Out.).

O que pude ver ali em 3 horas de show, junto a minha noiva e mais umas 20 ou 30 mil pessoas no Anhembi, foi literalmente “o maior espetáculo da terra”, com o maior frontman do Rock, Billie Joe Armstrong conduzindo a platéia como um maestro dos mais malucos!


Billie Joe Armstrong

 
Foram 12 anos de espera, desde a última apresentação da banda no Brasil, em 1998. De lá pra cá, grandes álbuns como Warning, American Idiot e 21st. Century Breakdown, foram lançados. Não irei resenhar o show aqui, pois seria desumano com a minha digitação ‘um tanto quanto lenta’.

O que posso dizer foi que vi a maior banda da atualidade tocando as canções que mais gosto, como por exemplo “Stuck With Me” e “Letterbomb”, tocando canções de todos os álbuns lançados até então, além de uma série de covers, escrachados e teatrais como “Shout” e outros muito bem executados como “Baba O’ Riley”, da banda britânica THE WHO.

Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt, Tré Cool, Jason White, Jason Freese, Jeff Matika e toda sua produção fazem um show grandioso, emocionante, barulhento, explosivo e inesquecível!!!

Fica aqui meu registro do maior show de 2010, e a espera por tantos outros como esse. Fica também a espera por “Awesome as F**k”... registro desta maravilhosa turnê, com previsão de lançamento para Março de 2011.

 
 
 
 
 

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

NA NA NA (NA NA NA ... )

Muitas coisas ruins tocaram em 2010... muitos discos ruins lançados, alguns bons. O disco que mais surpreendeu???

Certamente, DANGER DAYS (The True Lives of The Fabulous Killjoys), do My Chemycal Romance… um disco pra acabar com qualquer tipo de rótulo.


Gerard Way



Simplesmente um disco de Rock... do Rock mais “cru”, Vampire Money, ao mais “moderno”, Planetary! (GO). Letras interessantes algumas divertidas, outras descompromissadas, ... e até profundas!


 
Ouçam.

 
 

domingo, 19 de dezembro de 2010

2010.

Esse ano pode ser avaliado como ruim, péssimo, mais ou menos... quem sabe!? A verdade é que entre tantos fatos desagradáveis, coisas boas aconteceram, uma delas é o TOONZINE.

Infelizmente, não consegui fazer postagens com a regularidade esperada... porém, o pouco produzido aqui neste ano trouxe novas possibilidades para trabalhar com os desenhos.

Desenhar não é uma atividade das 'mais reconhecidas', talvez por isso, por muito tempo, se tornou um hobby. Criei o Blog para compartilhar alguns dos tantos desenhos que acabavam sempre ou em alguma pasta, fundo de gaveta... um destino trágico para qualquer desenho, seja ele uma 'obra de arte' ou então o mais despretensioso dos rabiscos.

Com o auxílio de amigos e também do twitter, os post's tiveram um número considerável (e inesperado) de acessos. Com isso, novas postagens serão feitas, e novos projetos começam a surgir daqui para frente.

Espero realizar novos post's antes do encerramento do ano, mas desde já agradeço a todos que colaboraram para que o TOONZINE sobrevivesse a 2010 sem muitas sequelas.